De 2019 especialmente para o blog.
Eu nunca fui adepta ao termo FEMINISMO.
Sempre fui feminista e feminina, sem me intitular ou me rotular. Assim como não digo que sou de direita ou esquerda. Existem certos pensamentos de ambas direções que eu me identifico, não sendo necessário eu ter que "escolher um" para me encaixar de um lado.
Bem, voltando ao assunto do feminismo, eu hoje acho super válido e necessário as lutas das mulheres, assim como as leis que nos protegem, como a Maria da Penha e a do Feminicídio.
Por falta de estudo da minha parte, e disso me envergonho, já fui contra várias lutas, sendo na época, uma mulher machista. "Pra que precisamos de leis feministas se todos somos iguais?". "Não sei pra que lei de homícidio contra a mulher, se homícidio não é de gênero...", dentre outras pérolas que me envergonho de ter pensado.
O que me fez não gostar do feminismo?
Extremismo. Nunca gostei de coisas extremas, do tipo: aceita ou sai. E ver alguns fatos realizados pelo movimento feminismo extremo (como certos tipos de protestos que me envergonham de ser mulher), acabei detestando o feminismo por um bom tempo. Pra mim não passavam de desocupadas peludas nojentas.
Estudando um pouco mais sobre o assunto, vi a verdadeira importância dele e hoje vou ilustrar um pouco do porquê precisamos do feminismo, com uma história real.
"Uma mulher é casada, mãe de 5 filhos, 37 anos. Ela e o marido decidiram participar do programa de planejamento familiar e optaram pela laqueadura. Passaram por psicólogos, terapeutas... Ela fez todos os exames pré-operatórios. No dia da cirurgia, ela não pôde realizar ENQUANTO O MARIDO NÃO FOI LÁ AUTORIZAR."
Cadê o conceito: meu corpo, minhas regras?
O pior é que na postagem que a mesma fez, estando indignada pelo fato de o marido ter que autorizar ela a realizar a laqueadura, os comentários vindo das mulheres são os piores. Dizendo que: optou pela laqueadura para não engravidar do amante, que ela deveria ter feito assim que o segundo filho nasceu, que ela pode se arrepender depois e querer ter mais filhos...
É revoltante ver tanto julgamento vindo das "manas".
E tudo isso por apenas ser mulher. Por ter decidido não querer mais ter filhos. Por tomar uma decisão que somente diz respeito ao seu corpo. Por cobrar um direito seu de fazer o procedimento gratuito. Porém o seu HOMEM tem que autorizar.
Em que século vivemos?
É por isso que devemos falar sobre feminismo. Estudar o assunto e não se basear apenas em matérias sensacionalistas (como eu fiz um dia).
Temos que começar a aplicar a chamada SORORIDADE a qual sempre pregamos, mas não praticamos.
Sororidade é a união e aliança entre mulheres, baseado na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum.
O conceito da sororidade está fortemente presente no feminismo, sendo definido como um aspecto de dimensão ética, política e prática deste movimento de igualdade entre os gêneros.
Do ponto de vista do feminismo, a sororidade consiste no não julgamento prévio entre as próprias mulheres que, na maioria das vezes, ajudam a fortalecer estereótipos preconceituosos criados por uma sociedade machista e patriarcal.
A sororidade é um dos principais alicerces do feminismo, pois sem a ideia de “irmandade” entre as mulheres, o movimento não conseguiria ganhar proporções significativas para impor as suas reivindicações.
A origem da palavra sororidade está no latim sóror, que significa “irmãs”. Este termo pode ser considerado a versão feminina da fraternidade, que se originou a partir do prefixo frater, que quer dizer “irmão”. (definição retirada do site www.significados.com.br/sororidade)
Não seja a mana que julga.
Não pratique a sororidade seletiva.
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